Capital ou interior?

A tranquilidade do interior ou o agito da capital? A maior parte das pessoas que pretendem comprar um imóvel fica com essa dúvida. Com a proximidade dos grandes centros com as cidades do interior, pode ficar mais vantajoso – e barato – desembarcar em terras com sotaque caipira.

A capital São Paulo sofreu com um aumento de 17% no valor do metro quadrado dos imóveis na cidade. Com essa alta do valor, alguns preferem comprar terrenos em condomínios de luxo nas cidades vizinhas.

A pesquisa foi organizada pelo portal imobiliário Agente Imóvel e revelou que os bairros mais valorizados da Capital Paulista foram Chácara Itaim, na zona oeste, com o metro quadrado mais caro da cidade, custando R$ 15.519.

Fazendo as contas, morar fora da Capital pode ser financeiramente vantajoso

Fazendo as contas, morar fora da Capital pode ser financeiramente vantajoso

Para comprar um apartamento de 90 m² no Jardim Europa, você terá que desembolsar R$ 1,2 mi. No bairro Chácara Itaim, um imóvel de 60 m² custaria cerca de R$ 930 mil.

Em alguns bairros de São Paulo, o preço do metro quadrado, em 2012 chegou a R$ 7.017. Mas há valores maiores que esse, como, por exemplo, a Chácara Klabin, na zona sul, fechou o ano passado com valor de R$ 11.716.

Com os valores em alta na Capital, o interior se tornou uma opção rentável, além da qualidade de vida. Colocando os valores como preço do combustível, alto custo de vida e problemas com o trânsito, na ponta do lápis, o interior se tornou refugio dos paulistanos que querem economizar e fugir da correria da Capital.

Por exemplo: um terreno de 2.300 m² em um condomínio de alto padrão, em Itu, custa R$ 600 mil. Somando isso ao valor da construção com um imóvel mobiliado de 800 m², você terá desembolsado, no final, R$ 2,2 mi. Ou seja, lá o preço do metro quadrado saiu por R$ 3.600.

Comprar imóvel em Miami ou em São Paulo?

A pergunta pode parecer estranha, ainda mais para quem está procurando imóvel para comprar. Geralmente as pessoas imaginam que o custo de vida no exterior é maior, então consequentemente os preços são mais altos.

Mas com a alta nos valores dos imóveis no Brasil, não fica difícil comprar os preços daqui com os de países como Estados Unidos e alguns do continente Europeu; como já mostramos os preços dos castelos em Paris.

Com as altas no preço por aqui, não é raro ver brasileiro procurando imobiliárias do exterior na hora de adquirir um imóvel. E Miami, na Flórida, parece que virou um dos destinos preferidos dos brasileiros para morar.

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Na cidade, um condomínio de luxo que vai ser inaugurado em 2015 já teve 25% das unidades compradas por brasileiros; isso equivale a 120 apartamentos. Cada unidade por lá custa a partir de US$ 600 mil, o que equivale a R$ 1.174.200 na cotação de hoje.

Esse é o mesmo valor pago por alguém que decide comprar um apartamento de dois dormitórios, com 177 m². Com o mesmo dinheiro você pode comprar um apartamento usado de 110 m² em Ipanema, no Rio de Janeiro, ou de 155 m² no bairro de Higienópolis, em São Paulo.

Ou seja, com o preço de um usado aqui no Brasil, você pode comprar um novo em Miami, por exemplo. E se tiver sorte, pode ter um apartamento maior do que compraria por aqui.

Além da marina particular, você ainda pode desfrutar do serviço de mordomo, piscina com borda infinita, área verde, entre outros benefícios. No local serão duas torres com 234 apartamentos e cada uma das torres terá academia de ginástica, sala de massagem, estúdio para aulas privadas, café, brinquedoteca e manobrista 24 horas. E não para por ai: todos os apartamentos vêm com armários na cozinha e no banheiro, além de eletrodomésticos, granito e mármores nas bancadas.

Na marina existem serviços como a preparação dos barcos e de manutenção, e outras facilidades como serviço de abastecimento, loja de conveniência e wi-fi nas docas; tudo isso incluso na taxa do condomínio (por aqui, esse serviço é pago a parte).

O perfil do comprador

Uma pesquisa, realizada em São Paulo, mostrou o perfil do comprador de imóveis da cidade. Foram consultados 1.666 residentes da Região Metropolitana de São Paulo e que pretendem trocar de apartamento (ou adquirir o primeiro).

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O resultado mostrou que os compradores buscam um imóvel no valor que varia entre R$ 200 a R$ 500 mil. Eles têm idade média de 32 anos; 60% do total de entrevistados pretende comprar o primeiro imóvel e admitiram visitar de 2 e 5 lançamentos antes de fechar o negócio.

E eles querem rapidez: a maioria (72%) afirmou que em menos de seis meses quer fechar o negócio. Já 75% afirmaram que não visitam mais do que 5 estandes de vendas, mas nunca ficam na primeira opção, visitando sempre mais de um.

Ao contrário do que se possa imaginar, eles não querem um imóvel novo. A maior parte quer um imóvel que já foi comercializado, pelo menos, uma vez. 18% dos entrevistados afirmaram que visitaram imóveis usados ou já prontos.

Quer comprar um castelo na França?

Se você achou o título do post estranho, não se assuste. Com o mesmo dinheiro que você desembolsa para comprar um apartamento em São Paulo, por exemplo, você pode adquirir – até por um preço menor – um castelo na França.

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A especulação imobiliária na cidade de São Paulo está tão grande que faz com que um apartamento de luxo na Capital chegue a ser mais caro do que um castelo situado no interior da França.

E é realmente possível comprar um castelo, se alguém se interessou pela ideia. No país da torre Eiffel, um castelo pronto para morar pode ser encontrado por R$ 6 milhões. Agora se você não tem pressa, e pode esperar por uma reforma, tem empreendimento mais barato, custando em torno de R$ 3 milhões.

Comparando: em São Paulo, o metro quadrado de um apartamento pode chegar a R$ 20 mil, dependendo da região e dos atrativos do empreendimento. Fazendo as contas, não é muito difícil de achar um apartamento custando por volta dos R$ 3 milhões, ou até mais do que isso.

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E todo esse valor tem motivo. Segundo as imobiliárias da Capital, além da beleza e do espaço dos apartamentos, eles citam benefícios como segurança ou vista privilegiada; número de vagas na garagem, opções de lazer, etc. como atrativos que encarecem o valor.

Se em São Paulo o valor dos apartamentos é de acordo com a localização e nos castelos da França a situação não é diferente. É possível comprar castelos baratos, e outros que custam verdadeiras fortunas. Por exemplo, se você quiser um do lado do Museu do Louvre, na França, terá que desembolsar R$ 49 milhões. Se quiser um no estilo medieval, só que na Itália, vai pagar ainda mais caro: R$ 95 milhões. E então, por esse valor compensa a compra de um castelo?

Olhar antes para não se arrepender depois

Com o ‘boom’ do mercado imobiliário, muita gente aproveitou as facilidades e os preços em queda, por causa da lei da oferta e da procura, para mudar de residência. Depois de tanto esperar, chegou a hora de pegar as chaves e assinar a vistoria de entrega. E quem for afoito e não prestar atenção poderá levar um problema pra vida toda.

A expectativa de enfim poder se mudar, faz com que muitos assinem a vistoria sem ter olhado com atenção todos os detalhes do apartamento ou da casa. E depois de assinado, fica mais difícil de reclamar de qualquer problema na estrutura do imóvel.

Um exemplo: muitas famílias se sentem atraídas por benefícios como churrasqueira nos apartamentos. O problema é que, se não testar antes de assinar a vistoria, você pode ficar com um equipamento que não funciona. E depois que assinou e recebeu as chaves, mesmo reclamando, fica mais complicado de resolver.

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O problema pode até ser sanado, mas não há tanta pressão quanto se você não tivesse assinado. Uma alternativa para não correr esse risco é levar um arquiteto ou um engenheiro na hora da vistoria.

Esses profissionais são gabaritados para descobrir se todos os detalhes acordados no contrato estão funcionando como deveriam. Além disso, inspecionam para ver se tem problema com obstrução dos ralos, fissuras, infiltrações, problemas de energia, etc.

Caso o imóvel apresente muitos problemas e o morador perceba que a construtora não está muito disposta a fazer os reparos, o dono pode se recusar a receber o imóvel. É mais fácil agir dessa maneira do que entrar depois na justiça.

Mas a não assinatura da vistoria não significa que no dia seguinte o problema desaparecerá. Existe o caso de um grupo de condôminos que reclamou que a piscina estava com defeitos e um ano depois, eles ainda esperam que a construtora repare o local. E essa demora pode comprometer outras partes do condomínio.

Quando o problema se arrasta e começa a aumentar, o jeito mesmo é entrar na justiça. Dependendo da gravidade do caso, as decisões saem rapidamente e em até 48 horas o juiz pode determinar que a construtora realize o conserto.